O Teatro tem palavras…
A imagem é fonte do muito que temos a ler, escrever e finalmente dizer. Se é verdadeira são verdades absolutas e se falsa serão apenas querelas entrementes.
O Teatro tem palavras, é sem palavras… muito o que imaginar.
Imagens, palavras e a luz, dessas, a existência; como a existência, dessas, a luz; combinação efeito-causa e causa-efeito como disse Chimayananda em certa ocasião ou, única ocasião, que se tornaria eterna na minha mente enquanto minha naquela tarde, revelada nas sábias palavras do yogue.
O teatro é ilusão, interpreta verdadeiramente a mentira, como representa com pluralidade o verídico; genericamente agindo com o aval da natureza do espírito humano regido por capacidades, desenvolvidas, nos caminhos do Conhecimento. Na prática, uma ilusão verdadeira que implica o ar que se respira, o ritmo sobretudo biológico que mantém-se no funcionamento do coração o laboratório em conexão com cérebro emanação da unidade com o universo, em todas suas faces, e daí surge o discernimento que projeta o dom mimético e faz dele o cristal lúcido do Homem Artista. O espirito da natureza humana.
Parece complicado, não é? Mas o quanto mais simples ele se revela, mais verdadeiramente cumpre sua função de ver e mostrar. Assim se dá por vezes o ato da recriação, verificado na arte dramática, verdadeiramente arte – o Teatro.
